No fim-de-semana da morte de Saramago, a venda dos seus livros aumentou exponencialmente e muito se escreveu acerca do escritor e do homem.
Alguns (entre eles os que não leram a sua obra ou os que desconhecem as regras de pontuação) gostam de evocar Saramago e a sua obra para legitimar a falta de pontuação ou o não saber pontuar textos. Nada de mais errado. Os livros de Saramago aproximam a sua escrita da narrativa oral e todo o uso de pontuação tem uma lógica interna. Lógica, aliás, que torna muitos deles uma verdadeira obra de arte.
Isabel Coutinho, jornalista do Público, no seu Ciberescritas, explica bem a técnica do escritor que brinca com a pontuação.