Domingo, 30 de Maio de 2010

Casa das Histórias Paula Rego

 

Unindo a escrita à obra de Paula Rego, o escritor Gonçalo M. Tavares torna irresistível a participação num Workshop na Casa das Histórias de Paula Rego.

 

Elementos da Equipa da BE vão estar presentes, para começar a preparar actividades de escrita criativa para 2010/2011.



publicado por aquiharatos às 23:01
Sexta-feira, 28 de Maio de 2010

 

Picasso, Mulher ao Espelho

Humberto fecha as portas de casa com estrondo e atira a pasta para um canto.

 

– Outra vez um 1 a matemática!

– Ah, que figura horrorosa! – grita Humberto para a imagem que vê no espelho.

A imagem à sua frente não parece estar com medo e devolve-lhe o olhar, furiosa. Até levanta a mão e aponta para Humberto.

– Tu é que és ridículo!

– Eu? – gagueja Humberto.

– Olha só os teus pés, que tropeçam em tudo!

Ou as tuas mãos desajeitadas, que partem tudo!

Ou a tua boca, que gagueja de cada vez que lês!

Ou o teu pescoço, que nunca está limpo! Ou os teus olhos, que durante as aulas estão sempre a olhar lá para fora!

Ou a tua cabeça, que nunca se lembra de todos os trabalhos de casa que trazes para fazer e se engana sempre nas contas de matemática.

 

 

 



publicado por aquiharatos às 13:28
Quinta-feira, 27 de Maio de 2010

 

"Pelo sonho é que vamos..."

 

  Unindo Arte e Ciência, a Prof. Fernanda Guerreiro expôs, na Faculdade e Ciências e Teconologia, uma representação da passarola voadora, réplica de Bartolomeu de Gusmão, padre jesuíta que, no início do século XVIII, deu asas ao sonho e à imaginação, tornando-se um pioneiro da aeronáutica.

 

Desta feita, a arte expressa pela Professora de Artes teve como suporte o vidro, laboriosamente trabalhado e adequado ao espaço envolvente, no qual nenhum pormenor foi esquecido.

 

O tema da exposição, intitulada "Dreams guide us", inspirou-se ainda no poeta António Gedeão, pseudónimo literário do Professor de Física Rómulo de Carvalho. Assim a "Pedra Filosofal" serviu de mote a esta exposição de artistas de múltiplas nacionalidades, em que o que os une é a técnica do vidro, a arte e o sonho de se superarem a si próprios.

 

Parabéns à Professora Fernanda, da Equipa da BE!

 

 

 


publicado por aquiharatos às 00:58
Quarta-feira, 26 de Maio de 2010

 Associando-se à Semana das Artes, cujos trabalhos se encontram patentes na sala polivalente da escola, a Biblioteca Escolar (BE) expõe livros de arte, numa perspectiva diacrónica.

 

Identifica estas obras?

 

Consegue ordenar os autores por época?

 

A solução encontra-se no painel de destaques da BE.  Pode também consultar A Nova História de Arte de Janson, recentemente adquirida e que se encontra disponível na biblioteca, para consulta local.

 

Deixe aqui as suas respostas.

 

 

 

 

 



publicado por aquiharatos às 10:13
Quarta-feira, 26 de Maio de 2010

 

Um grupo de alunos do 12º6 desenvolveu um projecto de sensibilização para a problemática das barreiras arquitectónicas, que dificultam o acesso a pessoas portadoras de deficiência. Uma das fases do projecto consistiu na recolha de tampas de plástico a serem recicladas para a construção de cadeiras de rodas.

O produto da recolha, a que chamaram “Tampófolo”, esteve patente na área de exposições da Biblioteca Escolar. 

 

         

 

 

        

 

       

 

       

 

 



publicado por aquiharatos às 02:22
Domingo, 23 de Maio de 2010

 

No decurso da Semana da Lusofonia, a BE foi enriquecida com uma exposição de trabalhos de alunos intitulada “A arte de saber ler”, cujas fotos já estão disponíveis.

 


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publicado por aquiharatos às 21:35
Sexta-feira, 21 de Maio de 2010

 

 

A Biblioteca Escolar, no Dia do Patrono da Escola, expõe e divulga obras de e sobre Fernão Mendes Pinto.



publicado por aquiharatos às 22:55
Quarta-feira, 19 de Maio de 2010

 

https://1.bp.blogspot.com/_NgqJFJRFPos/R_-L49ugexI/AAAAAAAAAH8/QoFakuq-Nwc/s400/colheres.jpg

Livros como colheres: é com a comparação de Umberto Eco que o Comissário do Plano Nacional de Leitura, Fernando Pinto do Amaral, inicia uma entrevista ao JL desta quinzena, para expressar a importância dos livros e da leitura e as iniciativas levadas a cabo com esse fim.

 

O Jornal de Letras Artes e Ideias anuncia ainda uma iniciativa a implementar no próximo ano lectivo: clubes de leitura nas escolas destinados a alunos do Ensino Secundário, cujos dinamizadores sejam não só professores como outros agentes: “jornalistas locais, escritores e outras pessoas capazes de fazer a ponte entre a escola e o meio cultural circundante, sempre numa base de voluntariado”.

 

Neste processo, considera-se relevante o papel das bibliotecas escolares, “como o centro nevrálgico da leitura”, o que facilita o desenvolvimento das competências linguísticas em geral.

 

Aumentar os níveis de literacia é o objectivo primeiro das bibliotecas escolares, em articulação com toda a comunidade escolar e com os currículos, promovendo a seriedade no estudo e evitando a realidade que Nuno Crato expõe esta semana no Jornal Expresso, no seu artigo Plágios, cópias e outras fraudes: "Com a insistência em trabalhos «investigativos» que têm como pretexto desenvolver a criatividade dos estudantes, mas que os transformam em praticantes do corte-e-cola da Internet, começa-se a dar a impressão de que «investigar» é copiar. Claro que os trabalhos livres são educativos, desde que em moderação e com assistência do professor. Só com adequado acompanhamento se pode perceber se o aluno aprende alguma coisa, reinterpreta alguma coisa ou se tudo se limita a ser uma iniciação ao plágio”.

 

O Professor Catedrático de Matemática avança ainda os resultados de uma investigação que prova que os alunos que copiam nos testes têm três vezes mais probabilidades de reprovar do que os que estudam e fazem exercícios.

 

E estudar pressupõe também filtrar a informação, distinguir o essencial do acessório, a informação fidedigna da que circula em muitos sites da internet. É um problema com o qual nos confrontamos hoje e que exige a presença dos professores na orientação dos trabalhos dos alunos, para que estes aprendam de facto e para que os livros sejam tão quotidianos e imprescindíveis como “colheres, atacadores de ténis ou caixas para os lápis” (JL).



publicado por aquiharatos às 13:07
Domingo, 16 de Maio de 2010

 

I Feira do Livro Usado - Cacilhas-Tejo

Decorrerá, nos dias 27 e 28 de Maio, a I Feira do Livro Usado, promovida pela Biblioteca da Escola Secundária Cacilhas-Tejo.

 

Um modo simples de envolver toda a comunidade educativa no enriquecimento do acervo documental da Biblioteca Escolar. Uma experiência a seguir.

Mais informações em http://becre-esct.blogspot.com/2010/05/i-feira-do-livro-usado.html



publicado por aquiharatos às 12:52
Quarta-feira, 12 de Maio de 2010

Após a visita aos aposentos dos duques de Bragança, em Vila Viçosa, e o reconforto com os deliciosos manjares alentejanos no Restaurante Medieval, já em Évora, a tarde de 8 de Maio foi dedicada a um roteiro histórico-literário, inspirado em Aparição, de Vergílio Ferreira.

 

Livraria Nazaré, Praça do Giraldo   Sob as arcadas da Praça do Giraldo  Universidade de Évora Biblioteca da Universidade de Évora

 

 

Maria Reis, Guia da Associação de Guias e Intérpretes do Alentejo (AGIA), acompanhou-nos, sob copiosa chuva, pelo centro histórico e pelos principais monumentos eborenses. Da Livraria Nazaré, na Praça do Giraldo, ao Jardim Público, aonde Alberto ia visitar Florbela (Espanca), passando pela Sé, pelo Templo de Diana e pela “Évora mortuária” representada na Capela dos Ossos, sem esquecer a Universidade nem o miradouro que, não fora a pluviosidade e a neblina, nos teria permitido avistar o Alto de São Bento, a história de Alberto Soares, professor de Português e Latim no então Liceu de Évora, foi sendo narrada, evocando personagens e locais, ora reais, ora fictícios, com a liberdade que o autor Vergílio Ferreira (também ele professor em Évora) e o narrador autodiegético (i.e., na primeira pessoa e como agente principal da narrativa) quiseram imprimir ao romance.

 

Contudo, o significado profundo da obra vergiliana não se reflecte na dimensão cronológica dos factos narrados, inexistente em Aparição, mas antes nas reflexões filosóficas que vão sendo feitas sobre a vida e a morte, reflexões a que não falta a dimensão transcendental da Arte, em particular da música: “A evidência da vida não é a imediata realidade mas o que a transcende…”;“A arte não era para mim um mundo da letra impressa, uma estúpida invenção de passatempo ou de vaidade: era uma comunhão com a evidência…”(p.36).

 

Ao recordar os momentos em que contemplara Cristina, uma criança de sete anos, a tocar piano magistralmente, o professor de liceu expressa assim a sua emoção: “Tudo o que era verdadeiro e inextinguível, tudo quanto se realizava em grandeza e plenitude, tudo quanto era pureza e interrogação, perfeito e sem excesso, começava e acabava ali, entre as mãos indefesas de uma criança. Mas tão forte era o peso disso tudo, tão necessário que nada disso se perdesse, que as mãos de Cristina se estorciam na distância das teclas, as pernas na distância dos pedais e toda a sua face gentil, até agora impessoal e só de infância, se gravava de arrepio à passagem do mistério. Toca, Cristina. Eu ouço. Bach, Beethoven, Mozart, Chopin. Estou ao teu lado, ao pé de ti, sigo-te no rosto a minha própria emoção”(p.40).    

Évora


Caracterizada como um romance-ensaio, esta obra vergiliana prima pelo cruzamento entre a sua dimensão literária, ficcional, e a vertente reflexiva, que apaixona jovens e graúdos que se interrogam sobre a essência da vida e a sua dimensão transcendental. Baseada no existencialismo francês de André Malraux e Jean-Paul Sartre, Aparição, de Vergílio Ferreira, retrata encontros, e sobretudo desencontros, acompanhados de pausas na história para, enquanto escritor e personagem, Alberto Soares reflectir e deixar entrever “o dom da revelação”(p.40).   

 

Aluna chinesa participa no Percurso Literário Rumo à Sé de Évora

 

 

A música de Cristina, bem como o encontro com a montanha, são elementos simbólicos, esses sim o cerne da obra, numa busca incessante de absoluto, de transcendência, deslocada de Deus (pois Alberto Soares revela-se ateu) para a Arte.
A aparição é, assim, numa perspectiva ontológica, a aparição de si a si mesmo, a revelação do indivíduo na sua génese e ontogénese, nas suas raízes e origens, atravessada pela angústia existencial, que tem na noite (momento de escrita, de reflexão, de intimidade, do luar, do feminino…) e na montanha a sua expressão cabal.


Um livro a ler e a reler, após um “Percurso Literário” a Évora, organizado pela Biblioteca Escolar e que aconteceu curiosamente dias antes de o Papa Bento XVI se deslocar a Portugal e se encontrar no Centro Cultural de Belém com um grupo expressivo de intelectuais e artistas portugueses, numa aclamação da Arte como expressão e ponte para a Transcendência, unindo crentes e não crentes, procurando “fazer da vida um lugar de beleza”.

 


Carla Crespo
Professora de Literatura Portuguesa

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 


publicado por aquiharatos às 22:50
Gosto de livros. Da textura, da cor, das linhas, dos parágrafos. De folhear, ler, parar, saborear. Gosto de livros. Gosto. Moro na Biblioteca da Escola Secundária Fernão Mendes Pinto, em Almada, e ando à procura de outros ratos devoradores. Visita-me!
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